Fakenews: veja agora como não ser manipulado

Fakenews… Veja agora como não ser manipulado…

Confira este texto com dicas para você aprender a lidar com informações desencontradas.

Hoje em dia, existe uma chuva de notícias e de informações falsas online.

Aprenda a filtrar apenas aquilo que for relevante.

Qualquer pessoa com uma conexão à internet pode acessar às notícias de última hora em tempo real, ou pelo menos alguma versão delas.

Nas redes sociais, as postagens podem surgir mais rápido do que a maioria dos verificadores de fatos e moderadores conseguem lidar…

E muitas vezes são uma mistura imprevisível de informações verdadeiras, falsas, fora de contexto e pura propaganda.

O risco é maior logo depois dos incidentes politicamente carregados, como o tiroteio no comício de Trump que já inundou as redes sociais com informações incorretas e gerou várias teorias da conspiração.

A rápida disseminação de ferramentas de IA acessíveis piorou ainda mais a situação.

Como saber em que confiar, o que não compartilhar e o que sinalizar para as empresas de tecnologia?

Aqui estão algumas dicas rápidas ao consumir notícias de última hora online.

Saiba por quê as fakenews existem

Pense em quem se beneficiaria ao espalhar informações confusas durante um evento noticioso.

Durante eleições, por exemplo, os especialistas dizem para ficar atentos às informações conflitantes e teorias da conspiração, acusações infundadas e preocupações sem base sobre fraude eleitoral que possam beneficiar um partido ou candidato político.

A propaganda também serve como uma ferramenta durante conflitos armados e pode vir através de comunicados oficiais ou canais não oficiais.

Conheça as narrativas falsas comuns e palavras-chave mais “suspeitas”.

Nem toda fakenews é séria.

Algumas são criadas apenas por diversão ou para trollar as pessoas, por isso, seja tão cético tanto com histórias bobas quanto com as sérias.

Use o seu bom senso

Se algo parecer muito ultrajante ou satisfatório, pare e pesquise um pouco mais.

As fakenews são frequentemente espalhadas acidentalmente por pessoas que querem que seja verdade porque está alinhada com seu ponto de vista ou valores.

Os grupos que a espalham podem estar tentando agitar os apoiadores, criar mais tensão entre os lados opostos de uma questão ou, em geral, desestabilizar uma população.

Faça cruzamentos com outras fontes confiáveis

Corrobore as informações

Verifique se outras fontes confiáveis estão relatando a mesma história das fakenews repassadas.

Se a informação só aparece em um único site, pode ser um sinal de alerta.

Consulte diversas de fontes

Busque perspectivas diferentes sobre o mesmo assunto para ter uma visão mais equilibrada e completa.

Leia ou assista à matéria sem pressa

Não aperte o botão de compartilhar.

As redes sociais são projetadas para que as coisas se tornem virais, para que os usuários compartilhem rapidamente antes mesmo de terminar de ler o que estão amplificando.

Não importa o quão devastador, esclarecedor ou enfurecedor um TikTok, post no X ou vídeo no YouTube seja, você deve esperar antes de repassá-lo para sua rede.

Assuma que tudo é suspeito até que você confirme sua autenticidade.

Pergunte-se por quê você quer compartilhar isso em primeiro lugar.

Você pode nem sempre conseguir encontrar uma versão precisa dos eventos, especialmente em situações que se desenvolvem rapidamente.

Nesses casos, espere o tempo necessário para obter informações adicionais ou confirmadas antes de compartilhar ou tirar conclusões.

Veículos de notícias podem parecer mais lentos do que as redes sociais, mas isso ocorre porque eles estão esperando até que a informação seja confirmada e precisa.

Procure as fontes originais

Veja quem está compartilhando a informação.

Se for de amigos ou familiares, não confie nas postagens a menos que a informação venha de alguém que esteja confirmado no local ou de um especialista conhecido.

Lembre-se de que ter um selo de verificação ou ser bem conhecido não torna uma conta confiável.

Muitos comentaristas políticos e personagens famosos da internet postam informações imprecisas regularmente, e cabe a você abordar cada postagem com ceticismo.

Se a conta que está postando algo não é a fonte original das palavras ou imagens, investigue de onde veio…

Tente encontrar a conta original do Facebook, YouTube ou outra rede social que compartilhou a notícia primeiro.

Se você não conseguir determinar a origem, isso é um sinal de alerta.

Cuidado com as capturas de telaque podem ser ainda mais difíceis de rastrear.

Ao verificar contas individuais, veja a data em que foi criada, que deve estar listada no perfil.

Desconfie de qualquer coisa extremamente nova (por exemplo, criada nos últimos meses) ou com apenas alguns seguidores.

Para um site, você pode ver o ano em que foi criado no Google.

Procure pelo nome do site, depois clique nos três pontos verticais ao lado do URL nos resultados para ver a data em que foi indexado pelo mecanismo de busca.

Não ignore o básico: faça uma busca no Google pelo nome da pessoa ou organização.

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Verifique a credibilidade

Antes de acreditar em uma notícia, verifique quem está publicando.

Pesquise sobre o histórico da fonte e sua reputação em sites de avaliação de mídia.

Sites de renome, como grandes jornais e portais de notícias, são geralmente mais confiáveis.

Pesquise a autoria

Procure pelo nome do autor do artigo.

Faça uma rápida busca sobre ele para verificar sua credibilidade e expertise no assunto.

Monte a sua coleção de fontes confiáveis

Realizar mini-verificações de antecedentes em contas aleatórias de redes sociais é demorado, especialmente com novos conteúdos vindo de tantos lugares ao mesmo tempo.

Em vez disso, confie nos profissionais.

Organizações de notícias legítimas e de renome são construídas para verificar essas coisas por você e geralmente relatam os mesmos vídeos ou fotos feitos por pessoas reais depois de confirmarem sua origem.

Use uma ferramenta de notícias dedicada como Apple News, Google News ou Yahoo News que escolhem fontes estabelecidas e têm alguma moderação embutida.

Nas redes sociais, faça ou encontre listas de especialistas e veículos verificados para seguir, em especial para notícias sobre o tópico que você está acompanhando.

Se você consome notícias de última hora no X, tenha cuidado ao seguir repórteres confirmados de veículos confiáveis no local.

Não assuma que uma conta é confiável ou verificada pelo X só porque tem um selo azul.

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Não use a IA para buscar notícias

As empresas de tecnologia estão promovendo seus assistentes de voz e ferramentas de chatbot de IA como uma forma de obter as últimas notícias.

Em uma situação que está se desenvolvendo rapidamente, não confie nesses recursos para obter informações precisas.

Eles podem estar incorretos, desatualizados ou simplesmente copiando palavras de fontes legítimas sem dar o devido crédito ou visibilidade.

Por exemplo, vários chatbots e assistentes de voz ainda têm dificuldade em dizer quem ganhou a eleição presidencial dos EUA de 2020.

Alguns chatbots começaram a adicionar avisos sobre eventos de notícias de última hora, aconselhando os leitores a procurar informações em outros lugares.

Ir diretamente às fontes de notícias garantirá que você obtenha informações mais precisas, além de apoiar as organizações que usam seus recursos e habilidades para coletar e verificar essas informações.

Busque dados adicionais sobre as fakenews

A desinformação costuma aumentar antes, durante e depois de grandes notícias.

Eventos noticiosos em tempo real incluirão um fluxo de informações fragmentadas do local como vídeos de smartphones e narrativas em primeira pessoa.

Mesmo que você veja apenas postagens legítimas, elas ainda podem ser fakenews — podem ser as peças mais cativantes de um quebra-cabeça, mas não são a imagem completa.

Tente complementar qualquer clipe ou história isolada com um contexto mais amplo sobre o que está acontecendo.

Misture informações de especialistas estabelecidos no tópico, seja política externa, ciber-guerra, história ou política.

Você também pode recorrer aos meios de comunicação online ou televisivos que adicionam esse contexto.

Confira o conteúdo completo

Fakenews são feitas para chamar atenção e podem ser sensacionalistas.

Leia a fakenews completa para entender a nuance e o contexto adequado da informação.

Verifique a consistência

Verifique se o conteúdo do artigo corresponde ao que a manchete promete.

Títulos enganosos são um sinal de alerta para possíveis fakenews.

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Identifique as imagens geradas por IA

Ferramentas de geração de imagens por IA tornam a identificação de falsificações muito mais difícil, mas não impossível.

Aqui estão cinco pistas que você pode procurar para identificar imagens geradas por IA, incluindo focar em mãos, imagens de fundo e objetos inanimados que muitas vezes não parecem certos.

Olhe para as mãos.

O software de IA tem um histórico de gerar mãos humanas com dedos a mais ou outras peculiaridades, embora a tecnologia esteja melhorando rapidamente.

Dê zoom em qualquer objeto inanimado na imagem para ver se ele parece estranho.

Foque em itens como óculos, cercas ou bicicletas e veja se apresentam algum defeito revelador.

Se você está se perguntando se uma imagem foi feita por IA, procure por escritas em objetos como placas de rua ou outdoors e veja se estão ao contrário ou sem sentido.

Imagens geradas por IA podem ter detalhes borrados ou distorcidos, especialmente no fundo.

Verifique se as imagens são excessivamente brilhantes ou com aparência artística.

Algumas imagens geradas por IA de pessoas reais aparecem exageradamente estilizadas ou retratam pessoas com rostos que parecem de plástico.

Use todos os outros sinais de desinformação se ainda estiver em dúvida.

A imagem foi compartilhada por uma fonte confiável?

Existem relatos separados do mesmo evento?

Analise a data da publicação

Entenda o contexto temporal

Verifique a data da notícia para garantir que ela não está sendo apresentada fora de contexto.

Notícias antigas podem ser recicladas para gerar reações diferentes do que originalmente pretendiam.

Verifique as atualizações

Em eventos em desenvolvimento, veja se há atualizações ou novos fatos que possam alterar a compreensão do que está acontecendo.

Verifique os vídeos e as imagens reais também

Procure por múltiplas edições e cortes estranhos, ou ouça atentamente o áudio e utilize uma ferramenta de terceiros, como o InVid, que ajuda a verificar a autenticidade dos vídeos.

Isso pode ser mais difícil em vídeos transmitidos ao vivo como os do Twitch ou outras opções de redes sociais ao vivo.

Para verificar imagens que não são geradas por IA, mas ainda assim parecem suspeitas, coloque-as na pesquisa de imagens do Google tirando uma captura de tela e arrastando-a para o campo de pesquisa.

Se for uma imagem antiga que já circulou antes, você pode se impressionar com os resultados

Use sites de verificação de fatos

Os sites de redes sociais possuem algumas ferramentas próprias de verificação de fatos e etiquetas de aviso, e muitos adicionaram seções especiais para promover resultados oficiais de eleições.

No entanto, dado o grande volume de postagens com que lidam, um vídeo ou postagem problemática ainda pode ser visto por milhões antes de ser sinalizado.

Fique de olho nos avisos de conteúdo nos sites de redes sociais para postagens individuais, que podem aparecer como etiquetas abaixo de links ou como avisos antes de você postar algo que possa ser enganoso.

Pesquise histórias ou imagens individuais em sites de verificação de fatos como o Snopes e o PolitiFact.

Questione as emoções por trás das fakenews

Veja como você reage

Fakenews muitas vezes tentam provocar reações emocionais fortes, como raiva ou medo.

Se a informação parecer muito chocante ou alinhada com suas crenças preconcebidas, seja especialmente cauteloso.

Seja objetivo

Mantenha um olhar crítico e objetivo.

Pergunte-se se a informação parece equilibrada ou se está claramente tentando manipular sua opinião.

Fakenews… Pare agora mesmo de ser manipulado…

Pedro Londe

Palestrante e autor do livro “O que diabos é Gig Economy?: Como ter várias fontes de renda e aproveitar ao máximo todas as suas habilidades”