O que é esse tal de metaverso? Pare agora de boiar nas conversas

Metaverso pra cá, metaverso pra lá… Toda hora surge alguém falando nesse tema… Mas e aí? Você já pegou a ideia desse termo de tecnologia? Eu não tenho vergonha de falar que já fui leigo nesse assunto há não muito tempo…

Com essa chuva de notícias e zumzumzum, é relevante se atualizar. A verdade é que o metaverso não é só um modismo sobre futuro. Metaverso já é uma realidade bem na frente dos seus olhos.

O que é esse tal de metaverso?

Primeiro, metaverso não tem nada a ver com aquele multiverso fantasioso dos filmes, games e séries do NetFlix para ilustrar a relação entre universos diferentes, distantes e viajantes.

O prefixo “meta” significa “além” e o sufixo “verso” é uma abreviação para “universo”. O sentido ao pé da letra é algo como um “universo além”. Ok, mas continua vago…

O metaverso é um mundo além da nossa realidade física para levar as nossas vidas para o ambiente online com espaços virtuais em 3D. A ideia é que possamos andar e passear através dos nossos avatares digitais. Sim, nós podemos andar pelo metaverso.

Esta realidade futurista é bem parecida com aqueles games do “The Sims” e “Second Life”. Um avatar digital é o nosso personagem nesse novo ambiente virtual.

Nesse novo mundo online, nós podemos trabalhar, pagar contas, ler, estudar e ainda conversar com os avatares de nossos amigos. Tudo muito imersivo e interativo.

O porém é que o metaverso é uma ideia de evolução da jogabilidade desses games bem viciantes no mal sentido. O próximo passo é a imersão do usuário.

De onde vem esse metaverso?

Boa pergunta… O vasto ambiente online ainda está em crescimento exponencial. Esse avanço é meio assombroso. Na prática, Mark Zuckerberg mudou o nome de sua holding de Facebook Inc para Meta Inc. Logo, o facebook vai dar nome ao próximo capítulo da internet.

Mas, o conceito metaverso não é uma inovação tão nova assim. Esse termo já havia aparecido em 92 no filme de ficção “Snow Crash” do escritor Neal Stephenson (traduzido para “Nevasca” aqui no Brasil).

A ideia da época era a de um ambiente virtual coletivo já integrado ao nosso mundo físico. Nada muito diferente do que vemos hoje em dia, não é mesmo? Imersão e interação.

Como participar do metaverso?

Você não precisa de nada muito avançado ou secreto para entrar nesta nova realidade virtual. Você só precisa de:

• Uma conexão de internet boa e estável: você pode usar o seu 4g ou a wi-fi da sua casa;
• Moedas digitais: você vai precisar de criptomoedas para fazer suas compras no mundo virtual;
• Óculos de realidade aumentada: é assim que você vai enxergar os avatares dos seus amigos e colegas.

O site Roblox disponibiliza de graça essa experiência de imersão no metaverso. É só criar uma conta e usar um computador ou smartphone para explorá-lo.

Os 4 exemplos mais famosos do metaverso

Os filmes, séries e games já ilustram bem esse conceito de metaverso. Veja agora os 4 exemplos mais famosos de metaverso nas nossas vidas.

Meta (Facebook)

O projeto mais ambicioso de metaverso é o do Facebook ou Meta sem dúvida nenhuma. O app Horizon também criado pelas holdings de Mark Zuckerberg permite navegar pela realidade virtual. A ideia é trazer a vida social e corporativa para dentro do metaverso.

Assim, você aproveita a experiência do home office e consegue reproduzi-la no mundo virtual. Daí, cada usuário pode se conectar dentro da própria casa ao espaço digital e trabalhar remoto, fazer reuniões on-line e se comunicar com seus colegas trabalho.

Jogador Nº 1 e Matrix

Esses dois filmes ilustram bem o conceito de um universo com realidade virtual. Os protagonistas vivem e sentem situações tanto no mundo físico quanto no digital.

The Second Life e The Sims

Já falamos deles antes mas vale reforçar. Esses games simulam uma versão digital das nossas vidas. O nosso avatar digital no mundo online nos permite interagir com outras pessoas também imersas na realidade virtual.

O metaverso é a próxima fase de evolução desses games com muito mais interatividade e imersão dos usuários no mundo digital. O perigo é o alto potencial viciante dessas experiências de realidade aumentada e virtual.

Microsoft Mesh

No fim de 2021, a big tech lançou o Microsoft Mesh, um sistema para reuniões virtuais do Teams com avatares digitais em 3D. Numa reunião no metaverso, esses personagens animados poderão interagir e as empresas poderão criar seus próprios espaços virtuais.

Você não precisa de óculos de realidade virtual para acessar o Mesh. Basta um smartphone. Se você não quiser visualizar os conteúdos em 3D para não gastar seu plano de dados, você poderá entrar na reunião virtual com com avatares em 2D (que eu acho muito sem graça…).

Os principais riscos do metaverso

Nem tudo são flores. É bem difícil prever o futuro dessa trend ainda em construção.

Existem preocupações dos governos quanto à privacidade. Os sistemas de realidade virtual já rastreiam os nossos movimentos e os criminosos inteligentes sabem disso mais do que você.

Vícios, passar mais de 2/3 do seu dia hiperconectado pode gerar dependência, ansiedade e até depressão.

Os entes de saúde pública também gastarão uma fortuna com pesquisas para levantar mais efeitos negativos do metaverso. Isso também vai demandar mais rapidez dos serviços de fraude, gestão de riscos e auditorias.

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Pedro Londe

Palestrante e autor do livro “O que diabos é Gig Economy?: Como ter várias fontes de renda e aproveitar ao máximo todas as suas habilidades“