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Capital de giro virou roleta russa: todo mês é o jogo de “quem paga primeiro e quem espera sentado”. Bem-vindo ao mundo real.

A novela que ninguém pediu, mas todo mundo vive

Sabe aquele dinheiro que entra, sai, some, volta e ninguém nunca sabe se vai dar?

Pois é, isso é capital de giro.

Ele não é só o dinheiro em caixa – é o “pulmão” do negócio: aquele que respira fundo enquanto você tenta não surtar com o financeiro.

Dinheiro, crédito, estoque, tudo isso junto no liquidificador da liquidez. E: se não tiver, a empresa sufoca.

Você pode ter um prédio lindo, máquinas brilhando e até uma recepcionista que fala três idiomas.

Mas sem capital de giro, seu negócio vira um carro de luxo sem gasolina: bonito, parado, e inútil.

Capital de giro e o jogo de “quem vai sobreviver”…


Do estoque à venda e o looping infinito da vida real

O capital de giro está no meio do tiroteio que é o ciclo operacional: você compra matéria-prima, produz, vende (com sorte), espera o cliente pagar (com MUITA sorte), e recomeça tudo.

É tipo o “Dia da Marmota”, só que com boleto e fluxo de caixa.

Ele é o primo nervoso do ativo fixo: não é imóvel, mas vive em movimento.

Se piscar, ele já virou dívida.


Fundo de Maneio, o nome é chique, mas a função é manter a empresa viva até o fim do mês

O fundo de maneio é basicamente o capital de giro com roupa de gala.

Ele cobre o que falta entre o que você precisa hoje e o que você talvez vá receber um dia (se seus clientes forem legais).

Em bom português: é a gambiarra planejada que impede a falência silenciosa.

Fórmula?

Sim, tem:
Fundo de maneio = Reserva de segurança + crédito concedido + estoque – crédito obtido.

Parece simples, né?

Pois é.

Parece.


Fundo de Maneio Líquido e o resumo de toda a bagunça

Ele mostra o quanto você tem de fato para se virar.

E se for negativo, parabéns: você está literalmente pagando para trabalhar.

Ah, e ele muda o tempo todo, porque a realidade não é uma planilha do Excel.

A beleza dele é justamente ser instável — tipo seu relacionamento com o banco.


Regra de Ouro: Prazo do dinheiro = prazo do uso. Ou a treta começa.

Quer evitar pesadelos financeiros?

Regra de ouro: só use dinheiro de longo prazo pra financiar coisa de longo prazo.

Pegar empréstimo de 30 dias pra comprar equipamento de 10 anos?

Parabéns, você acabou de entrar na roleta russa financeira.


Tesouraria é aquela reserva que deveria existir, mas nunca está lá

A reserva de segurança de tesouraria é tipo aquele “dinheiro do Uber” que todo mundo jura que vai guardar.

É o colchão da empresa.

Serve pra quando o cliente atrasa o pagamento (sempre) ou o fornecedor resolve te cobrar antes do combinado (também sempre).

Sem ela, você vai viver pendurado no cheque especial ou pedindo dinheiro pra vó.


Necessidade de Fundo de Maneio é o rombo que você finge que não existe

NFM é o quanto você precisa injetar no negócio só pra conseguir esperar seu cliente pagar.

Quanto maior o ciclo, maior o buraco.

E não adianta chorar: em alguns setores, esse buraco é mais fundo que as promessas de campanha política.

Tem dois tipos:

  • NFM Permanente: o rombo que nunca vai embora.
  • NFM Temporária: o rombo sazonal. Vem com o verão, vai com o Natal (ou não).

Como calcular o fundo de maneio e sair vivo dessa equação maluca?

Você pode usar duas fórmulas básicas (pelo menos até alguém inventar outra):

  1. FM = Ativo Corrente – Passivo Corrente
  2. FM = Capitais Permanentes – Ativo Não Corrente

É matemática simples com consequências emocionais complexas.


Tesouraria Líquida é o coração da empresa batendo ou dando pane

Tesouraria líquida = Fundo de Maneio Funcional – Necessidades de Fundo de Maneio

Se for negativa, prepare o desfibrilador.

Se for positiva, ainda não é motivo pra festa, mas já dá pra respirar.


Para os leigos entenderem…

  • Se o capital de giro está ok, você está no jogo.
  • Se o fundo de maneio tá negativo, você já começou o mês perdendo.
  • Se a tesouraria líquida morreu, é hora de ligar pro contador, pro advogado e talvez pro terapeuta.
  • E se você não entendeu nada, é hora de repensar quem está cuidando do financeiro da empresa.

Dicas que ninguém quer ouvir, mas você precisa:
  1. Não confie no caixa cheio pós-venda – o cliente pode demorar 90 dias pra pagar.
  2. Venda com prazo, mas saiba o quanto isso custa.
  3. Negocie com fornecedores como se sua vida dependesse disso (porque depende).
  4. Corte estoques mortos. Eles só ocupam espaço e comem seu giro.
  5. Dinheiro parado é prejuízo. Dinheiro mal calculado é suicídio.

Capital de giro não é luxo.

É sobrevivência.

E fundo de maneio é tipo o bastidor da peça: ninguém vê, mas sem ele o show não acontece.

Se sua empresa não cuida disso com carinho, não vai durar o suficiente pra se preocupar com lucro.

Capital de giro e o jogo de “quem vai sobreviver”…

Princípio do Equilíbrio Financeiro e Fundo de Maneio (ou “como não quebrar antes do café da manhã”)

Imagine que sua empresa é um adolescente rebelde querendo gastar tudo com besteira, mas você, o pai/mãe responsável, tem que garantir que o dinheiro da mesada dure pelo mês todo.

O Princípio do Equilíbrio Financeiro é tipo isso: cada ativo (aquele bem que a empresa tem, tipo máquinas, computadores, ou a sua conta no Instagram que ninguém vê) deve ser financiado por um capital compatível com sua “idade” econômica — ou seja, com o tempo que vai levar pra esse ativo gerar dinheiro de verdade.

Agora, o ativo fixo é o “namoro sério” da empresa, o compromisso permanente.

Mas, ó, tem sempre aqueles gastos “cíclicos” — tipo as contas que só aparecem quando você decide fazer uma festa de aniversário para o gato (sim, as necessidades temporárias).

Esses gastos vêm e vão, igual TPM: aparecem de vez em quando e bagunçam o orçamento.

Para controlar essa bagunça, temos o Fundo de Maneio, que é a diferença entre o que a empresa tem pra gastar e o que precisa pagar logo.

Pensa num cofrinho: se está vazio (tesouraria negativa), você tem que pedir dinheiro emprestado (endividamento de curto prazo).

Se está cheio demais, talvez você esteja só guardando dinheiro no colchão e perdendo oportunidade de investir (e ganhar mais grana, claro).


Estratégias de financiamento ou escolha sua aventura financeira

  1. Estratégia ortodoxa (o bom velhinho chato):
    O ativo fixo é financiado com capital de longo prazo (segurança total), e o temporário com dívida de curto prazo (aquele “empréstimo até o próximo salário”). Tesouraria? Só dá dor de cabeça, geralmente fica negativa. Se sua tesouraria estiver positiva, parabéns, você está na linha, meu amigo.
  2. Estratégia defensiva (modo mãe cuidadosa ativado):
    Aqui, a empresa fica meio paranoica com risco. Então financia até umas coisas temporárias com dinheiro de longo prazo, pra garantir que nunca vai faltar dinheiro no bolso — ou seja, excesso de tesouraria. Isso é ótimo pra dormir tranquilo, mas pode custar a rentabilidade, porque dinheiro parado não rende (só acumula poeira).
  3. Estratégia agressiva (o rebelde sem causa):
    Preferência total por empréstimos de curto prazo, mesmo para ativos permanentes. A tesouraria vive no negativo, mas a ideia é ganhar mais no longo prazo. Perfeito para quem gosta de adrenalina, mas cuidado pra não acabar na UTI financeira.
  4. Estratégia arriscada (modo “já era” ativado):
    Aqui a coisa é séria: a empresa financia o ativo fixo com dívida de curto prazo e não tem capital suficiente. Resultado? Chega no banco e leva um fora na cara, porque ninguém quer emprestar pra quem tá no buraco. Risco altíssimo, pode ser o começo do fim.

O coração financeiro que pode parar a qualquer momento

Fundo de Maneio é o seu termômetro: muito, sinal de dinheiro parado e rentabilidade baixa; pouco, sinal de desespero e risco alto.

Se a tesouraria (aquele saldo entre o que entra e o que sai) estiver negativa, é hora de ligar para o gerente do banco e pedir ajuda — ou preparar a dança da chuva para não quebrar.


Como controlar as necessidades de Fundo de Maneio (ou como evitar que sua empresa vire uma novela mexicana)

  • Defina prazos e descontos: Se cliente paga em dia, dá desconto. Se não, nada de “amiguismo”, manda ver na cobrança.
  • Contratos à prova de dor de cabeça: Se o cliente é suspeito, peça garantias bancárias. Nada de confiar só no “eu prometo”.
  • Cheque o crédito dos clientes: Seja seu próprio Sherlock Holmes financeiro ou contrate alguém pra isso.
  • Estabeleça limites de crédito: Não é pra negar crédito a torto e direito, mas também não dá pra ser o banco do povão sem fim.
  • Cobre com jeitinho: Não mande carta ameaçando se o atraso for culpa dos Correios, mas também não deixe passar batido.

Fundo de Maneio insuficiente é o drama

Se a sua empresa tá no vermelho, pode ser culpa daquele cliente que nunca paga, das matérias-primas que você comprou demais ou da produção que subiu, mas a venda não.

A consequência?

Pressão no caixa, aumento dos custos financeiros e aquele cheirinho de falência no ar.

Mas calma, não é o fim do mundo!

Às vezes o problema é só uma escolha errada de financiamento.

O remédio pode ser aumentar o capital social ou mudar a política de dívidas — basicamente, colocar mais dinheiro próprio pra não ficar dependendo só do banco.


Fundo de Maneio excessivo é o luxo inútil

Se seu cofrinho está cheio demais, talvez você esteja segurando dinheiro demais — tipo aquele tio que guarda a grana debaixo do colchão achando que está investindo.

O problema?

Esse excesso diminui sua rentabilidade porque, óbvio, dinheiro parado não vira mais dinheiro.

A solução?

Distribua dividendos, pague dívidas mais cedo ou compre uns equipamentos novos, afinal, melhor investir em algo útil do que deixar o dinheiro mofando.


Salvando a sua pela sem dormir mal

  • Fundo de Maneio = o equilíbrio entre o que você tem e o que precisa.
  • Tesouraria negativa = hora de pedir dinheiro emprestado (ou chorar no banco).
  • Tesouraria positiva demais = você pode estar perdendo dinheiro sem saber.
  • Financiamento? Depende do seu estilo: seguro, moderado, agressivo ou suicida.
  • Controle seu crédito, cobre direito e não confunda amizade com dinheiro.

Agora, se quiser mesmo se dar bem, faça um orçamento de tesouraria decente e não deixe a “novela financeira” da sua empresa virar um drama de fim de temporada.

📌 Capital de Giro (CDG)

Ou, como eu gosto de chamar: “o dinheiro que mantém a empresa viva, respirando com ajuda de aparelhos, enquanto você espera alguém pagar aquela fatura vencida faz 90 dias”.

O capital de giro é basicamente o combustível que mantém o motor da sua empresa funcionando no dia a dia.

É o dinheiro usado para pagar as contas básicas: salários, fornecedores, cafezinho, e aquela assinatura do Excel que ninguém sabe usar direito.

Agora, quanto maior o seu capital de giro, maior o buraco no seu bolso pra financiar isso tudo.

Pode vir do seu próprio bolso (raro como honestidade em propaganda de shampoo), ou de terceiros, tipo banco — que, por incrível que pareça, não empresta por caridade.

💸 CDG e o impacto no fluxo de caixa

Sabe aquele negócio de “não é o quanto você ganha, é o quanto sobra”?

Pois é.

Aqui também.

Se você vende muito, dá crédito fácil e mantém estoque como se fosse sobreviver a um apocalipse zumbi, parabéns: sua empresa vai precisar de mais capital de giro do que adolescente precisa de Wi-Fi.

Agora, se você for mais esperto com as finanças, consegue ajustar isso e dormir sem pensar na palavra “empréstimo” todo dia.

😬 Quando o CDG vira dor de cabeça?

Bem-vindo ao clube dos empresários com gastrite.

A coisa desanda quando rola:

  • 📉 Redução de vendas (ninguém tá comprando nem fiado);
  • 😡 Aumento da inadimplência (cliente que some igual crush depois do primeiro encontro);
  • 💰 Despesas financeiras que brotam do chão;
  • 💸 Custos que sobem mais rápido que o preço da gasolina;
  • 🚿 Desperdício operacional (traduzindo: bagunça na gestão e dinheiro indo pelo ralo).

Resumo?

CDG é tipo aquele amigo que nunca aparece, mas quando falta, faz uma falta danada.


🧮 Capital de Giro Líquido (CGL)

Nome chique pra um número que diz se sua empresa vai conseguir pagar as contas sem vender o computador da contabilidade.

A fórmula é básica:

👉 CGL = Ativo Circulante – Passivo Circulante

Ou seja, o que você tem de grana a curto prazo (dinheiro, estoques, clientes que devem pagar) menos o que você precisa pagar logo (fornecedores, contas, boleto do dia 10).

  • CGL positivo? Parabéns, sua empresa respira sem aparelhos.
  • CGL negativo? Alerta vermelho: você tá pagando as contas de hoje com o dinheiro que deveria durar até o fim do ano.

Mas cuidado!

Ter CGL alto demais também não é bom.

É tipo guardar comida demais na geladeira: vai estragar antes de usar.

Fundos de longo prazo presos em ativos de curto prazo = desperdício de grana que podia estar rendendo.


📊 Necessidade de Capital de Giro (NCG)

Agora sim a treta fica boa.

NCG é aquela parte do capital de giro que a empresa realmente precisa, e não só acha que precisa.

Sabe o ciclo de caixa?

Aquele intervalo entre o momento em que você paga um fornecedor e quando recebe do cliente?

Se ele for longo, meu amigo, sua NCG vai pra lua.

E não estamos falando de turismo espacial.

Meta saudável: receber mais cedo, pagar mais tarde.

Não é falta de educação, é estratégia.

Mas pra isso, tem que repensar tudo:

  • Encurtar os prazos de estocagem (nada de estocar 30 toneladas de papel higiênico);
  • Reduzir tempo de produção (menos enrolação, mais ação);
  • Acelerar vendas (pare de dar desconto só porque o cliente sorriu).

⚖️ Dimensionar a NCG é o desafio olímpico do gestor financeiro

Pouco capital de giro?

Você trava a operação.

Capital demais?

Você vira o tio do churrasco que esconde o dinheiro no colchão.

A estimativa da NCG pode ser feita de duas formas:

  1. Ciclo financeiro: Pra quem gosta de se sentir analista da NASA;
  2. Balanço patrimonial: Pra quem prefere chorar olhando números com mais contexto.

🧾 Exemplo prático (mas sem gráficos bregas do PowerPoint)

Imagine a empresa “XYZ Ltda” vendendo R$ 100 mil por mês.

Compra por R$ 50 mil, revende por R$ 100 mil, embolsa R$ 50 mil de lucro.

Se tudo ocorrer num mundo onde os clientes pagam em dia e os fornecedores também, ela só precisa de R$ 50 mil de capital de giro.

Mas como isso NUNCA acontece na vida real, prepare-se para a dor de cabeça chamada: análise dinâmica do capital de giro.


🔬 Análise dinâmica do Capital de Giro (versão Michel Fleuriet feat. Revolução)

Nos anos 70, o francês Michel Fleuriet resolveu dar um tapa no modelo tradicional e criou um novo olhar para o capital de giro.

Resultado?

Um modelo mais complexo, mais bonito no slide da faculdade, mas que exige mais neurônios que cálculo de imposto.

O segredo dele?

Dividir os ativos e passivos circulantes em duas categorias:

  1. Cíclicos (ligados à operação mesmo: estoque, vendas, fornecedores, salários);
  2. Erráticos (coisas que aparecem do nada, tipo despesas malucas, créditos inesperados, ou aquele processo trabalhista que “ninguém viu chegando”).
  • Ativo Cíclico? Coisas que giram com o ciclo da empresa (vendas, estoque, recebíveis);
  • Passivo Cíclico? Contas que vêm junto com a operação (fornecedores, salários, impostos).

A ideia aqui é separar o que faz parte do dia a dia do que é exceção.

Isso ajuda o gestor a não misturar alface com papel higiênico na hora de analisar se a empresa tá com saúde ou só parecendo.


🚨

  • CDG é como a caixa d’água: você só percebe que tá vazia quando não sai mais nada da torneira.
  • CGL negativo é tipo empurrar dívida com o nariz — cansa e só piora.
  • NCG alta demais? Você tá comendo a sobremesa antes do prato principal.
  • Dinheiro parado é prejuízo. Dinheiro faltando é desespero.
  • E se você ignorar tudo isso? Vai acabar fazendo MBA na “Universidade das Falências”.

💥 Capital Social x Capital de Giro e o ringue do dinheiro corporativo

Você aí, empresário ou aspirante a magnata do ramo de coxinhas gourmet veganas sem glúten, já confundiu Capital Social com Capital de Giro?

Calma, você não está sozinho nessa — 9 entre 10 empresários já chamaram um pelo nome do outro, como quem chama o atual pelo nome do ex.

🤝 Capital Social: o dinheiro do “felizes para sempre”

Esse é o dindim que você e seus sócios jogam na mesa no comecinho da brincadeira.

Serve para abrir a empresa, pagar taxa de cartório, mobiliar o escritório (com a famosa mesa de MDF e a cadeira que range) e comprar tudo que precisa pra operação começar.

Ou seja: o capital social é o investimento inicial, aquele que entra na relação cheio de promessas.

Mas não se iluda — ele não vai pagar as contas do mês que vem, nem segurar as pontas quando o cliente resolver sumir por 60 dias.


🔄 Capital de Giro: o dinheiro do “agora é vida real”

A empresa já nasceu, já está andando, e agora precisa pagar boletos, salários, aluguel, boleto do boleto… e é aí que entra o tal capital de giro, ou como gosto de chamar: o oxigênio da operação.

Ele não tem nada de glamouroso.

Ele é o dinheiro que mantém a firma em pé.

É o que segura as pontas enquanto você espera os clientes pagarem, os fornecedores entregarem, o governo taxar, e sua sanidade voltar (spoiler: não volta).


📏 Como calcular esse tal de Capital de Giro?

Não precisa consultar o oráculo.

Basta pegar o balancete da empresa ou, se você for daqueles que acha que Excel é só pra fazer lista de compras, então ao menos tenha algum controle gerencial decente.

A fórmula é tão simples quanto óbvia (mas que muita gente ignora como se fosse dieta em dezembro):

CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO = ATIVO CIRCULANTE – PASSIVO CIRCULANTE

🤔 Tradução:

  • Ativo Circulante: tudo aquilo que pode virar grana rápido. Tipo:
    • Dinheiro no caixa (se sobrou algum),
    • Saldo bancário (menos o cheque especial, ok?),
    • Aplicações de curto prazo,
    • Estoques (aquele depósito lotado que você finge que controla),
    • Contas a receber (esperando o cliente pagar faz 3 luas cheias).
  • Passivo Circulante: todas as dívidas que vão te cobrar antes do próximo Natal:
    • Fornecedores (aqueles que te ligam mais que sua mãe),
    • Salários a pagar,
    • Impostos (eternos e impiedosos),
    • Contas básicas como luz, água, aluguel e a conta da internet que vive caindo.

📊 Exemplo prático sem PowerPoint brega:

Vamos supor que a empresa esteja assim:

ItemValor (R$)
Conta bancária5.000
Aplicações de curto prazo5.000
Estoque10.000
Fornecedores a pagar2.000
Salários a pagar3.000
Despesas do mês7.000

Agora, segura o cálculo:

(5.000 + 5.000 + 10.000) - (2.000 + 3.000 + 7.000) = **R$ 8.000 de capital de giro**

Beleza.

Isso quer dizer que, por enquanto, sua empresa está respirando sem aparelhos.

Mas vacilou, o oxigênio acaba.


🚨 Deu negativo? Corre!

Se esse número for negativo, acenda o alerta vermelho, toque a sirene, ligue pro contador, pro anjo da guarda e pro gerente do banco.

Porque a empresa está usando dinheiro que não tem pra pagar dívidas que já venceram.

E esse é o caminho direto para a falência — ou para a tentativa desesperada de abrir uma doceria online sem experiência nenhuma.


💡 Por que você deve parar de ignorar isso

Ter um capital de giro saudável é igual escovar os dentes: se você negligenciar, mais cedo ou mais tarde vai doer.

É ele que garante o fluxo de caixa rodando, que permite que a empresa funcione mesmo quando as vendas não aparecem e que evita o vexame de atrasar salário justo no dia do pagamento (ou seja, a tempestade perfeita pro RH pedir demissão).


🌀 O Ciclo Financeiro: seu novo inferno pessoal

Ele mostra quanto tempo o dinheiro leva pra dar a volta completa: desde quando você paga o fornecedor até finalmente receber do cliente.

Um ciclo longo demais significa que sua empresa precisa de capital de giro maior — porque vai passar muito tempo só pagando sem receber nada.

Exemplo:
Você paga hoje, só recebe 40 dias depois.

Nesse meio tempo, tem que pagar água, luz, café, papel higiênico e o lanche do estagiário.

E adivinha quem cobre isso tudo?

O capital de giro (ou o cheque especial, se você for teimoso).


🤷‍♀️ Como conseguir Capital de Giro?

Além de imprimir dinheiro (o que é crime, infelizmente), você pode:

  1. Rever o ciclo operacional e financeiro: Encurte onde der.
  2. Reduzir a inadimplência: Cobre, cobre mesmo. Sem vergonha.
  3. Entender a sazonalidade: Nem sempre o cliente compra. Mas a conta chega todo mês.
  4. Pedir ajuda a contadores que não sumam depois da abertura da empresa.

✅ Dicas práticas pra não morrer sem capital de giro

  1. Planeje-se
    Abrir empresa no grito é receita pra desastre. Planejamento não é luxo, é questão de sobrevivência.
  2. Tenha disciplina
    Não adianta planejar tudo e usar o capital de giro pra fazer a logo nova da empresa com aquele designer “cool”. Dinheiro de giro não é pra brincadeira.
  3. Negocie igual vendedor de colchão
    Puxe prazo com fornecedor, aperte cliente pra pagar rápido. Seja mais firme que seu sinal de Wi-Fi.
  4. Revisite seus custos
    Desligue luz, renegocie aluguel, cancele a Netflix da sala de reunião. Tudo vale se for pra respirar no fim do mês.
  5. Analise capital de terceiros com frieza
    Precisa de empréstimo? Beleza. Mas não vá assinar contrato de crédito achando que é cupom do Mercado Livre. Juros existem e eles mordem.
  6. Monitore. O tempo todo.
    Capital de giro não é número que você vê uma vez por trimestre. Acompanhe, revise, atualize. É o que vai definir se você vai fechar o mês no azul ou no desespero.

🎯 Moral da história:

  • Capital Social é o dinheiro da promessa.
  • Capital de Giro é o dinheiro da realidade.
  • Se você não controlar esse negócio direito, vai acabar vendendo tudo pra pagar as contas. E ainda vai sobrar uma multa trabalhista.

Então, por favor, trate o capital de giro com o respeito que ele merece.

Ele é a diferença entre uma empresa funcionando e uma “ex-empresa que tinha tudo pra dar certo”.

Isso é tudo…

Lavagem de dinheiro dando banho em milhões…


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Pedro Londe

Sou professor, comediante de standup e mais um monte de outras coisas aleatórias… Auditor do TCU, educador e comediante — tipo um C3PO que faz stand-up, ensina e caça irregularidades com um sabre de luz em forma de planilha.

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