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Combinação matemática: e o bug do indeciso racional — quer escolher tudo, mas sem repetir nada. A ordem? Ah, essa ele deixa pro caos.

🤯 Análise combinatória: contagem sem choro

A análise combinatória (ou combinatória, pra quem gosta de simplificar) é aquele pedaço da Matemática que existe para nos mostrar quantas maneiras diferentes existem de fazer alguma coisa.

Basicamente, é a arte de contar possibilidades sem surtar, e é a melhor amiga da probabilidade — ou seja, se você quer apostar na Mega-Sena ou decidir o menu do almoço sem repetir, esse é o caminho.

Ela se dedica a estudar todas as combinações possíveis entre elementos.

Sim, todas mesmo, porque aqui ninguém deixa nada de fora.

Raciocínio lógico, bb.


📚 Princípio Fundamental da Contagem (ou “a matemática do fast food”)

Também conhecido como princípio multiplicativo, ele diz algo simples, mas poderoso:

Se um evento tem várias etapas independentes, o número total de possibilidades é o produto das possibilidades de cada etapa.

Em outras palavras: multiplica-se, e pronto.

Não precisa complicar.


🍔 Exemplo: a lanchonete do caos

Imagine que você foi numa lanchonete que decidiu fazer você sofrer com muitas opções.

Na promoção, o lanche vem com:

  • Sanduíches (3 opções): hambúrguer especial, sanduíche vegetariano ou cachorro-quente completo.
  • Bebidas (2 opções): suco de maçã ou guaraná.
  • Sobremesas (4 opções): cupcake de cereja, chocolate, morango ou baunilha.

Pergunta: de quantas maneiras você pode montar seu lanche e sair feliz?


🧮 Solução 1: a árvore da vida (literalmente)

Se você gosta de desenhar tudo e depois contar cada galho, pode construir uma árvore de possibilidades.

Resultado final: 24 combinações possíveis.

Isso dá mais opções que algumas pessoas têm de séries pra assistir na Netflix.


🧮 Solução 2: o jeito adulto — multiplicando

Não quer desenhar árvore?

Simples.

Basta multiplicar:

Total de lanches=3×2×4=24

24 combinações diferentes, e nenhuma delas envolve ficar preso no drive-thru tentando decidir entre suco de maçã ou guaraná.


🔢 Tipos de combinatória: quando o multiplicar não basta

O princípio multiplicativo é maravilhoso, mas às vezes é como usar um martelo para apertar um parafuso: funciona, mas dá trabalho.

Nessas situações, entramos no mundo de arranjos, combinações e permutações — os superpoderes da contagem.

Mas antes de mergulhar nisso, precisamos conhecer um aliado: o fatorial.


🧮 Fatorial: a escada infinita dos números

O fatorial de um número natural nnn é o produto de todos os seus antecessores até 1.

Símbolo? !
Curiosidade: 0!=10! = 10!=1 — sim, zero também participa da festa.

Exemplos práticos (porque a teoria sem exemplo é cruel):

  • 0!=10! = 10!=1
  • 1!=11! = 11!=1
  • 3!=3×2×1=63! = 3 \times 2 \times 1 = 63!=3×2×1=6
  • 7!=7×6×5×4×3×2×1=50407! = 7 \times 6 \times 5 \times 4 \times 3 \times 2 \times 1 = 50407!=7×6×5×4×3×2×1=5040
  • 10!=3 628 80010! = 3\,628\,80010!=3628800 — número suficiente pra confundir qualquer calculadora básica.

💡 Observação: o fatorial cresce rápido, tipo minha ansiedade ao ver uma lista de combinações no ENEM.

Por isso, em combinatória, a gente ama simplificações.

🧮 O tal do indeciso racional

Você já tentou escolher só três frutas pra sua salada e ficou travado olhando pro abacaxi pensando “mas e se eu quiser manga também?”

Parabéns: você acabou de sentir na pele o drama da combinação matemática — o jeito nerd de contar escolhas sem ligar pra ordem.


🍓 O que é uma combinação (sem trauma)

Combinação é quando a gente quer saber quantos grupos diferentes dá pra formar escolhendo alguns elementos de um conjunto maior.

A ordem?

Não importa.

(Sim, é o contrário da vida, onde a ordem sempre dá problema.)

Por exemplo:
Entre 5 frutas disponíveis, você escolhe 3.

{manga, maçã, abacaxi} é igual a {abacaxi, maçã, manga}.

A salada é a mesma, só muda quem chegou primeiro no prato.


📐 A definição “sem sono”

Dado um conjunto com n elementos, e você quer escolher p deles, a combinação de n tomados p a p é o número de grupos possíveis formados sem se importar com a ordem.

Em outras palavras: o cálculo perfeito pra quem quer todas as opções sem parecer indeciso.


🍌 Tipos de combinação (simples e composta)

🧺 Combinação simples

É quando ninguém se repete — tipo festa onde cada um leva uma comida diferente.

A fórmula é:

Onde:

  • n é o total de elementos (as frutas disponíveis);
  • p é quantos você vai escolher (quantas cabem na tigela);
  • ! é o fatorial, o símbolo que diz “multiplica tudo até o 1 e tenta não chorar”.

🧮 Exemplo 1 — salada de frutas

Escolhendo 3 frutas entre 5:

Resultado: 10 saladas possíveis.

Ou seja, dá pra variar 10 vezes antes de enjoar da dieta.


🍕 Exemplo 2 — a pizza democrática

Uma pizzaria tem 10 sabores, e você pode escolher 4 pra montar a pizza gigante de quatro partes.
Como a ordem dos sabores não muda o sabor (felizmente), é uma combinação simples.

Ou seja: 210 pizzas diferentes.

E você aí comendo sempre metade calabresa, metade frango com catupiry…


🔁 Combinação composta (a.k.a. “com repetição”)

Agora o caos: quando as opções podem se repetir.

Aqui o número de elementos escolhidos (p) é maior que o número disponível (n).

Tipo montar uma salada com 6 frutas quando só tem 5 no cardápio.

Alguém vai repetir — e tudo bem.

A fórmula é:


🍉 Exemplo 1 — salada com repetição

5 frutas no cardápio, mas você quer 6 no potinho:

Conclusão: 210 jeitos de ser guloso e ainda parecer matematicamente correto.


🧦 Exemplo 2 — as meias do Augusto

Augusto vai comprar 6 pares de meias e só tem 3 cores: branca, cinza e preta.

As cores podem se repetir, então é combinação composta.

Ou seja, 28 formas diferentes de parecer sempre igual.


🔍 Diferença entre combinação, arranjo e permutação

Pra não confundir:

  • Combinação: a ordem não importa. (Tipo grupo do WhatsApp da família.)
  • Arranjo: a ordem importa. (Tipo fila de embarque do avião.)
  • Permutação: a ordem é tudo. (Tipo montar o pódio da Fórmula 1.)

O truque é ler o enunciado com calma — porque é nele que o examinador tenta te fazer tropeçar no fatorial.


👥 Exemplo rápido

Combinação: formar um trio de 10 pessoas pra organizar o estoque — tanto faz a ordem.

Arranjo: agora o trio tem cargos diferentes (gerente, supervisor, operador).

A ordem importa.

Moral da história: a matemática muda de ideia assim que você muda uma palavra.


🎯 Como isso se aplica no dia a dia?

  • Combinação é pra quem escolhe sem hierarquia.
  • Arranjo é pra quem organiza a bagunça.
  • Permutação é pra quem gosta de ordem demais.
  • E o indeciso racional? Esse entra em loop infinito tentando decidir o sabor da pizza.

🧮 Combinação simples e o jeito matemático de escolher sem fazer drama

Você já percebeu que tem gente que acha que tudo na vida é questão de ordem?

Tipo: “primeiro o arroz ou o feijão”?

Pois é.

Na combinação simples, a matemática tá pouco se lixando pra isso.

A ordem não importa.

O que vale é o grupo que você montou — e só.


🤔 O que é a tal da combinação simples?

A combinação simples é uma das partes da análise combinatória, aquela parte da matemática que ensina a contar sem precisar contar nos dedos.

Ela serve pra saber quantos grupos diferentes dá pra formar escolhendo alguns elementos de um conjunto maior — sem se preocupar com quem veio primeiro.

👉 Tradução prática:
É o cálculo pra quem quer montar times, grupos, playlists ou pratos de comida sem brigar por hierarquia.

Por exemplo:

Na Mega-Sena, são 6 números sorteados.
Se sair (1, 2, 3, 4, 5, 6) ou (6, 5, 4, 3, 2, 1) — o prêmio é o mesmo.
A ordem não muda nada, só o seu humor.


🎰 Onde a gente usa isso?

Você usa combinação em mais lugares do que imagina:

  • Jogos de azar (tipo loteria, poker e bingo de família);
  • Estatística e probabilidade (aquele terror das provas);
  • E até na vida real, quando precisa escolher “3 pessoas confiáveis do grupo” — e descobre que só tem 2.

📘 A diferença entre combinação e arranjo (sem enrolação)

SituaçãoA ordem importa?Tipo de agrupamento
Montar um grupo pra fazer trabalho❌ NãoCombinação
Montar o pódio de uma corrida✅ SimArranjo

👉 Se {A, B} e {B, A} são a mesma coisa, é combinação.
👉 Se trocar a ordem muda o resultado, é arranjo.

Simples assim.

E sem precisar discutir com ninguém.


🧮 Fórmula da combinação simples

A matemática gosta de colocar tudo em forma de receita.

A da combinação simples é essa aqui:

Onde:

  • n = total de elementos (tipo o cardápio da pizzaria 🍕)
  • k = quantos você vai escolher (quantas fatias cabem na fome)
  • ! = fatorial — multiplica tudo até o 1 e torce pra dar certo

👩‍🏫 Como identificar uma combinação (sem cair na pegadinha)

Antes de sair aplicando fórmula igual doido, pergunte-se:

“A ordem importa?”

Se a resposta for não, parabéns: é uma combinação simples.

Se for sim, vá de arranjo (e boa sorte com o fatorial).


🧩 Exemplo prático do sorteio da escola

Uma escola vai sortear 3 ingressos entre os 10 melhores alunos.

Cada ganhador leva um ingresso, e ninguém liga pra ordem em que são chamados.

👉 Isso é uma combinação simples.

Logo, existem 120 combinações possíveis.

E nenhuma delas envolve repetir o nome do mesmo aluno “só pra garantir”.


🔺 Triângulo de Pascal — o spoiler das combinações

Sabe aquele triângulo cheio de números que parece uma pirâmide iluminati?

Então, é o Triângulo de Pascal, e ele guarda todas as combinações possíveis.

Cada número dentro dele é o resultado de uma combinação — tipo:

O número na linha n e coluna k é o valor de C(n, k).

É tipo uma calculadora medieval que funciona com adição em vez de pilha de fatorial.

Quer saber o número da combinação sem fazer conta?

É só olhar pro triângulo e fingir que era óbvio desde o começo.


🔄 Diferença entre arranjo e combinação (versão “memes e trauma”)

  • Combinação = “tanto faz a ordem”
    → Exemplo: escolher sabores de milkshake 🍓🍌🍫
  • Arranjo = “ordem é tudo”
    → Exemplo: pódio da Fórmula 1 🥇🥈🥉
  • Permutação = “mesmos elementos, tudo embaralhado”
    → Exemplo: o caos da sua mochila.

Quem pula essa parte, chora no fatorial depois.


🧠 Exercício clássico que engana geral

12 times vão disputar um torneio.
Primeiro, sorteiam 4 pro grupo A (ordem não importa).
Depois, sorteiam 2 pra abrir o torneio — o primeiro joga em casa (ordem importa).

Resposta:

  • Grupo A → combinação (só precisa dos 4 escolhidos)
  • Jogo de abertura → arranjo (quem é casa e quem é visitante muda tudo)

✅ Alternativa correta: uma combinação e um arranjo.


🪑 Outro exemplo — a viagem da família

Uma família de 7 pessoas vai reservar 7 lugares num avião com 9 assentos livres.

A ordem de quem senta onde não importa (até começar a discussão sobre a janela).

Logo, é uma combinação simples:

Existem 36 formas diferentes de sentar e, mesmo assim, alguém vai reclamar do meio.


🎯pra não esquecer

  • Combinação simples: escolha sem hierarquia.
  • Arranjo: ordem importa, e a treta também.
  • Triângulo de Pascal: a fofoca numérica da matemática.
  • Fatorial: o terror que faz tudo crescer rápido demais.
  • E você? Vai continuar confundindo {A,B} com {B,A}?

Na matemática, a combinação simples é pra quem sabe escolher com calma.

Na vida, é pra quem já cansou de discutir por ordem. 😎

🍦 Combinações completas e o paraíso de quem não sabe escolher um sabor só

Sabe aquela pessoa que vai à sorveteria e pede “um de cada” porque não consegue decidir?

Pois bem: essa pessoa é o espírito vivo das combinações completas.

Aqui, ao contrário das combinações simples, a gente pode repetir os elementos.

Ou seja: o caos está liberado. É o modo “quero tudo, mas quero do mesmo sabor também”.


🤯 O que são combinações completas?

Na análise combinatória, quando você quer montar grupos e a ordem não importa, você já está lidando com combinações.

Mas se, além disso, pode repetir os elementos, aí chegamos às combinações completas — também chamadas de combinações com repetição.

👉 Tradução humana:
Você quer saber quantas formas diferentes dá pra escolher p coisas entre n opções, com direito a repetir o que você gosta.

Tipo:

“De quantas maneiras posso escolher 7 sorvetes com 4 sabores disponíveis?”
— Resposta curta: 330.
— Resposta longa: se prepara, vem fórmula.


🍨 Exemplo prático da sorveteria dos indecisos

Temos 4 sabores (baunilha, chocolate, morango e pistache) e queremos 7 bolas de sorvete.

Podemos repetir?

Sim.

Pode dar tilt no cérebro?

Também.

Pra resolver isso, a matemática inventou um método visual e curioso:

O glorioso Método das Bolinhas e Pauzinhos (ou: “matemática com palito e confete”)


🍡 Passo 1 — as bolinhas

Cada sorvete é uma bolinha.

Se você vai pegar 7 sorvetes, desenhe 7 bolinhas: ⚪⚪⚪⚪⚪⚪⚪

Sim, é literalmente isso.


🪵 Passo 2 — os pauzinhos

Agora precisamos separar os sabores.

Temos 4 sabores → precisamos de 3 pauzinhos (porque sempre é número de sabores – 1).

Então fica algo como:

⚪⚪ | ⚪⚪ | ⚪⚪ | ⚪

Esses pauzinhos fazem o papel dos “+” na equação:

x₁ + x₂ + x₃ + x₄ = 7

Onde cada xᵢ representa quantas bolas você escolheu de cada sabor.

(Sim, até sorvete dá pra escrever em forma de equação. Matemáticos não têm limites.)


🍦 Interpretando o caos

No exemplo acima:

  • x₁ = 2 (baunilha)
  • x₂ = 2 (chocolate)
  • x₃ = 2 (morango)
  • x₄ = 1 (pistache)

Total: 7 bolas e uma glicose nas alturas.

Outro exemplo:
| ⚪⚪ | | ⚪⚪⚪⚪ | ⚪ |
→ x₁ = 0, x₂ = 2, x₃ = 4, x₄ = 1.

Sim, ainda dá 7, e o nutricionista já tá te julgando.


🔢 E agora? Quantas combinações diferentes dá pra montar?

Basicamente, você precisa saber de quantas formas diferentes dá pra embaralhar 7 bolinhas e 3 pauzinhos.

Aí entra a boa e velha permutação com repetição, porque temos elementos iguais:
7 bolinhas idênticas e 3 pauzinhos idênticos.

A fórmula mágica fica assim: (7+3)!7!⋅3!=10!7!3!=120

Mas calma — nosso exemplo real é com 7 bolas e 4 sabores, então usamos 7 bolinhas + 3 pauzinhos = 10 elementos?

Quase.

É n + p – 1 elementos no total (aqui 7 + 4 – 1 = 10).

Só que na fórmula final entra um fatorial extra.

A versão mais polida (e genérica) é:


Aplicando no caso do sorvete 🍧

Ops! Se fossem 4 sabores e 7 bolas, na verdade é C(4,7) = C(10,7) = 330.

Ou seja:

330 formas diferentes de se entupir de sorvete.

(E 329 delas envolvem arrependimento.)


💡 Pra quem gosta de fórmula pura e simples:

Onde:

  • n = número de opções (sabores, tipos, categorias)
  • p = número de elementos escolhidos (quantas bolas, doces, caixas, traumas)

É a fórmula oficial do modo indeciso racional com repetição.


🍬 Os doces da perdição

Quantas maneiras há de escolher 5 doces entre 3 tipos diferentes, podendo repetir?

Traduzindo pra matemática:

x₁ + x₂ + x₃ = 5, com xᵢ ≥ 0

Usando o método das bolinhas (5 bolinhas 🍬🍬🍬🍬🍬) e dos pauzinhos (2 pauzinhos): C(3,5)=(3+5−1)!5!(3−1)!=C(7,5)=21C(3, 5) = \frac{(3 + 5 – 1)!}{5!(3 – 1)!} = C(7, 5) = 21C(3,5)=5!(3−1)!(3+5−1)!​=C(7,5)=21

Resultado: 21 formas de adoçar a vida e complicar o dentista.


🎾 Bolinhas e caixas (sem drama)

Quantas maneiras há de colocar 8 bolas em 4 caixas, podendo deixar caixas vazias?

x₁ + x₂ + x₃ + x₄ = 8, com xᵢ ≥ 0

C(4,8)=(4+8−1)!8!(4−1)!=C(11,8)=165C(4, 8) = \frac{(4 + 8 – 1)!}{8!(4 – 1)!} = C(11, 8) = 165C(4,8)=8!(4−1)!(4+8−1)!​=C(11,8)=165

Ou seja, 165 maneiras diferentes de fazer bagunça organizada.


🧠 O gosto de sorvete derretido

As combinações completas são a prova viva de que a matemática entende o ser humano:

  • indeciso,
  • repetitivo,
  • e incapaz de escolher só uma coisa.

Com elas, você pode repetir o que ama, variar o que quiser e ainda chamar isso de raciocínio lógico.

Então da próxima vez que alguém disser “a matemática é fria”, lembre-se:
ela criou um método só pra gente poder escolher 7 bolas do mesmo sabor sem culpa. 🍨

🧮 A fórmula da combinação — ou: “a matemática do tanto faz”

Se você já entendeu que na combinação a ordem não importa, parabéns: você acaba de economizar terapia e umas boas horas de arranjo mental.

Agora, pra saber quantas combinações são possíveis, a matemática tem uma receitinha clássica — a famosa fórmula:

Ou, se quiser parecer chique e nerd ao mesmo tempo:

Sim, é isso mesmo.

Uma fração de fatoriais — o pesadelo de quem achava que “!” era só pra expressar empolgação.


✍️ O que cada símbolo significa (sem drama)

  • n → o total de elementos (o “tudo”).
  • s → quantos você vai escolher (a “parte”).

Em outras palavras:

n é o cardápio, s é o que você bota no prato. 🍽️

Ah, e s precisa ser um número natural — ou seja, nada de fração, nada de negativo.

Combinar -3 pessoas ou meio brigadeiro ainda não é permitido pela matemática (nem pela vigilância sanitária).


♻️ A simetria da fórmula (ou o truque da economia de cálculo)

A matemática é preguiçosa, mas legal.

Ela diz:

Tradução humana:

Escolher s elementos é igual a deixar n – s de fora.

Tipo decidir quem entra no grupo da viagem — ou quem não entra.

No fim, o número de possibilidades é o mesmo, só muda a treta.


🧩 A dedução — o bastidor da fórmula (onde a mágica acontece)

Agora, se você é do tipo curioso (ou masoquista) que quer saber de onde isso vem, aqui vai a explicação com emoção:

Pra descobrir quantas combinações existem, a gente começa olhando pros arranjos — aqueles onde a ordem importa.

Nos arranjos, temos:

Essa fórmula conta todas as maneiras possíveis de organizar s elementos escolhidos entre n.

Ou seja, é tipo tentar alinhar as pessoas do churrasco por altura:

a ordem muda tudo, inclusive o clima.


🔄 Mas e se a ordem não importa?

Aí entra o espírito zen da combinação.

Se no arranjo cada ordem diferente conta como algo novo, na combinação todas essas ordens equivalem à mesma coisa.

Pense assim:

  • Arranjo: {A, B} ≠ {B, A} (duas coisas diferentes).
  • Combinação: {A, B} = {B, A} (duas versões do mesmo caos).

Ou seja, a combinação é o arranjo sem ansiedade.


🧠 Quantas vezes o arranjo repete a mesma combinação?

Cada grupo de s elementos pode ser organizado de s! jeitos diferentes (porque há s posições e tudo pode mudar de lugar).

Por exemplo:

  • Com 3 elementos, dá 3! = 6 arranjos possíveis.
  • E sim, tudo isso pra representar o mesmo trio que ninguém quis mudar.

Então, pra descobrir o número real de combinações, basta pegar o número total de arranjos e dividir pelo tanto de vezes que cada um se repete:

Substituindo o valor de

Simplifica o caos e:

E pronto: está deduzida a fórmula que governa desde sorteios de bingo até o número de combinações possíveis de pizza com três toppings. 🍕


🤯 Tabela fácil e honesta

ConceitoO que significaMoral da história
ArranjoOrdem importaÉ o perfeccionista da matemática
CombinaçãoOrdem não importaÉ o zen, o desapegado, o “tanto faz”
Fatorial (!)Multiplica até cansarCresce mais rápido que dívida no cartão
FórmulaCsn=n!s!(n−s)!C_s^n = \frac{n!}{s!(n-s)!}Csn​=s!(n−s)!n!​A matemática finalmente simples (mas não muito)

💬 Tradução para o mundo real

Se você tem 10 amigos e quer escolher 3 pra sair:

  • Você está lidando com C₃¹⁰ = 120.
  • Ou seja: 120 grupos possíveis.
  • Mas só um deles vai realmente combinar agenda — o que mostra que a vida é menos previsível que a matemática.

🎯

A fórmula da combinação é o resumo perfeito da vida moderna:

  • Você tem um monte de opções (n),
  • Quer escolher algumas (s),
  • Mas a ordem não faz diferença nenhuma no resultado.

E no fim das contas, a combinação é só a matemática te lembrando:

“Relaxa. Nem tudo precisa ter ordem pra funcionar.” 😎

🧮 Função COMBIN() — o “mestre dos sorteios” do Excel

Resumo rápido:
Quer saber de quantas maneiras você pode escolher coisas sem se importar com a ordem?

O Excel responde: chama o COMBIN(), o terapeuta das suas indecisões.


🧩 O que o COMBIN faz (quando não está sendo subestimado)

A função COMBIN devolve o número total de combinações possíveis de um certo número de itens.

Traduzindo: ela conta quantos grupos diferentes dá pra formar quando você tem um monte de coisas, mas não quer se estressar com a ordem delas.

Ou seja, COMBIN é o oposto de quem faz lista de convidados por afinidade.

Pra ele, tanto faz se vem Ana antes de Bruno — o importante é que o grupo está montado.


⚙️ Sintaxe — o esqueleto da coisa

COMBIN(número; núm_escolhido)

Onde:

  • número → o total de itens disponíveis.
  • núm_escolhido → quantos itens você quer pegar pra brincar de estatística.

Exemplo da vida real:

=COMBIN(8;2)

Quer dizer: “De quantas formas posso formar duplas com 8 pessoas?”.

Resposta: 28 — o mesmo número de vezes que você vai ouvir “vamos fazer call rápida?” essa semana.


💡 Tradução prática

COMBIN serve pra tudo que envolva escolhas sem ordem:

  • Equipes, duplas, sorteios.
  • Loteria.
  • Ou descobrir de quantas maneiras você pode errar tentando montar o mesmo grupo de trabalho.

📜 Regras (pois o Excel também tem limites)

O Excel é correto, então ele te dá bronca se:

  • Você colocar número negativo.
    → Ele responde com o erro #NÚM!, que é basicamente um “nem vem, querido”.
  • Você digitar texto no lugar de número.
    → Ele te devolve um #VALOR!, tipo “me respeita, sou uma planilha, não um chat”.
  • Você tentar escolher mais itens do que existem.
    → Outro #NÚM!, porque o Excel também sabe quando você tá sonhando alto demais.

Ah, e ele trunca qualquer número decimal.

Colocou 4,7?

Ele transforma em 4 e finge que nada aconteceu.

Excel é prático, mas sem tato.


🧠 Bastidores matemáticos (ou “o motivo da dor de cabeça”)

Por trás do COMBIN, está a clássica fórmula da combinação:

Sim, o Excel faz isso tudo pra você — porque ninguém quer abrir o menu FATORIAL! na mão.

É o equivalente digital de “deixa que eu resolvo”.


🧪 Exemplo de planilha

FórmulaDescriçãoResultado
=COMBIN(8;2)Quantas duplas diferentes dá pra montar com 8 pessoas28

Então sim, há 28 formas diferentes de montar duplas — e nenhuma delas vai funcionar se for trabalho em grupo.


💬 Dica filosófica de bônus

O COMBIN() é a função do desapego:

A ordem não importa, só o conjunto.

É praticamente a função oficial da geração que marca presença no evento, mas não confirma no grupo do WhatsApp.


🤓 Resumo da ópera
SituaçãoSolução
Quer contar possibilidades sem ligar pra ordemCOMBIN()
Quer tudo com ordem certinhaARRANJO (ou terapia)
Digitou letra em vez de número#VALOR!
Tentou o impossível#NÚM!
Achou que era simplesBem-vindo à análise combinatória

🎯 Moral da história

O COMBIN() é a função que te lembra que a vida é cheia de possibilidades — mas só se você souber contar.

E se der erro, tudo bem: o Excel também tem crises existenciais de vez em quando. 😎


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Pedro Londe

Sou professor, comediante de standup e mais um monte de outras coisas aleatórias… Auditor do TCU, educador e comediante — tipo um C3PO que faz stand-up, ensina e caça irregularidades com um sabre de luz em forma de planilha.

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