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Contabilidade: porque o Excel não vai te abraçar, mas vai cobrar cada erro como se fosse terapia de choque para sua sanidade.

Contabilidade é a ciência que não abraça, mas pune

Contabilidade é aquela ciência que mede patrimônio, lucros, dívidas e até o café que você derrubou na mesa do escritório, só que com números.

Vem do italiano contabilità, pois alguém tinha que contar tudo — e não, o Excel não conta abraços.

Em resumo, contabilidade é o termômetro da riqueza de uma entidade e como ela muda com o tempo.

Ela mede a realidade econômica da empresa, do governo, ou até de uma ONG que faz comida para gatos de rua, para que gestores possam planejar, controlar e evitar que tudo desmorone em números vermelhos.

Faz isso com matemática, relatórios e aquela linguagem chata que chamam de “demonstrações contábeis”.

Mas não se engane: por trás dos gráficos legais, existe uma análise afiada que revela o que realmente acontece com a grana.

Em termos simples: contabilidade é a arte de transformar caos financeiro em tabelas compreensíveis.

É a “linguagem dos negócios” — só que sem emojis.

Ela cria modelos da realidade econômica, simplificando o que seria uma bagunça completa, e permite comparações entre empresas diferentes.

Paulo Sandroni resumiu bem: é classificar, registrar e analisar tudo que uma empresa faz financeiramente, para saber se está ganhando ou perdendo, se deve cobrar ou pagar, ou se já pode pedir um café duplo antes do expediente acabar.

No Brasil, a profissão nasceu da necessidade de controlar os excedentes da sociedade — ou seja, quando alguém percebeu que contar moedas dava mais resultado do que só contar histórias.

Hoje, temos contadores, bacharéis em Ciências Contábeis, técnicos e guardas-livros aposentados.

Todos eles celebram o dia do contador em 22 de setembro — provavelmente com planilhas em vez de bolo.

E, claro, São Mateus é o padroeiro, porque alguém tinha que aprovar impostos antes do café da manhã.

Um pouco de história drama

  • Antes de 2000 a.C., os sumérios já contabilizavam cevada e vacas. Alguns dizem até que a escrita surgiu para isso.
  • Leonardo Fibonacci deu uma ajudinha, mas foi Luca Pacioli no século XV que inventou as partidas dobradas e disse: “Agora a contabilidade tem método, amiguinhos”.
  • No Brasil colonial, quem cuidava das contas do rei era basicamente um contador-porteiro multitarefa.
  • Até os anos 1970, os contadores eram chamados de “guarda-livros” — soava mais simpático que “caçador de números”, mas quase não.

Com o tempo, a profissão evoluiu.

Criaram-se escolas, regulamentos, conselhos federais e regionais, leis e diplomas que garantiam que qualquer um que quisesse abraçar números tivesse que estudar antes — pois contabilidade não é só escrever 1+1, é descobrir se 1+1 pode virar 3 sem ninguém perceber.

E aí veio a informática.

Softwares contábeis, internet, planilhas automáticas… parecia que a contabilidade tradicional ia desaparecer.

Mas não.

Sem profissionais que entendam do assunto, toda aquela quantidade de dados é só um monte de zeros e uns sem sentido.

Hoje, os contadores brasileiros seguem firmes, com conselhos, fiscalização, educação continuada e sistemas informatizados, mantendo o mercado funcionando e evitando que investidores acordem com pesadelos sobre balanços incorretos.

Se contabilidade fosse abraço, seria daqueles que te acorda no meio da noite e grita: “Olha seus números!”.

Ela mede, registra e comunica o que realmente acontece no dinheiro da entidade.

Sem contadores, seu patrimônio estaria à deriva.

Sem planilhas, seria caos.

E sem café… nem tente.

Como entender o dinheiro sem pirar?

Segundo o livro azul da IASB (aquele que parece chato, mas ninguém sobrevive sem ele), o objetivo da contabilidade financeira é simples: gerar informações econômicas que alguém, em algum lugar, talvez, consiga usar para tomar decisões.

Ou seja, não é magia, não é adivinhação, é matemática com glamour.

E quem se beneficia disso?

Investidores e credores — tanto os que já estão dentro do barco quanto os que estão só testando as águas.

Eles querem saber: “Será que esse negócio dá dinheiro ou vai afundar?

Será que a administração está fazendo algo útil ou só tomando café com donut enquanto os recursos evaporam?”

Para responder a essas perguntas, a contabilidade mostra os recursos da empresa, as dívidas e reivindicações contra ela, e como a administração tem se saído na difícil tarefa de não gastar tudo em cafés caros.

Basicamente, é como dar um raio-x do cérebro da empresa para ver se ela está viva e respirando (ou apenas respirando, mas morta financeiramente).

Ah, e não pense que é só para investidores.

Credores e outros stakeholders também usam essas informações para decidir quem merece receber dinheiro e quem merece só um “boa sorte, você vai precisar”.


Contabilidade financeira é o GPS do dinheiro

O objetivo é fornecer informações contábeis que permitam que alguém decida se quer comprar, vender, emprestar ou simplesmente torcer de longe para a empresa.

Isso envolve todas aquelas decisões superemocionantes de investimento, empréstimos e crédito, sem que ninguém precise jogar dados ou confiar na sorte.

Os relatórios contábeis (Balanço, DRE, DFC e companhia) contam quem tem o quê, quem deve o quê e como as transações estão mudando essa bagunça toda.

Eles ajudam os usuários a descobrir se a empresa está saudável ou se o CFO anda gastando demais em café gourmet.

Se você acha que contabilidade é só números secos, pense de novo: ela mostra fraquezas, forças, liquidez, solvência, necessidades de financiamento e até quem vai ficar com a última fatia do bolo (fluxo de caixa).


Especialidades e contabilidade para todos os gostos

Dependendo do foco, a contabilidade muda de roupa:

  • Contabilidade Ambiental: quer saber como a empresa trata a Mãe Natureza. É tipo o Greenpeace com planilhas.
  • Contabilidade Financeira: dita pelas regras globais do IASB, FASB e, no Brasil, pela CVM. Produz Balanço Patrimonial e DRE, ou seja, os clássicos que fazem qualquer investidor dormir de emoção.
  • Contabilidade Pública: controla o dinheiro que sai e entra do bolso do cidadão, garantindo que ninguém roube a caneta de luxo do setor público.
  • Contabilidade de Custos: mede tudo o que a empresa consome. É a contabilidade versão MasterChef: cada ingrediente (ou recurso) é monitorado.
  • Contabilidade Nacional: olha para o país inteiro e diz se a economia está viva ou só fingindo.

E, segundo Horngren e companhia, contabilidade também serve para: planejar, controlar custos, medir desempenho de pessoas e garantir que ninguém quebre leis.

Básico, né?


Fenômenos contábeis e a parte filosófica

Fenômenos contábeis são basicamente o que acontece com o patrimônio, mas você pode olhar pelo lado sociológico e descobrir como a gestão e a informação influenciam o mercado.

Para virar dado contábil de verdade, algo precisa ser registrado.

Se não, é só conversa fiada.

Portanto, contabilidade é registro, controle e informação, ou, como gosto de dizer, três palavras mágicas que mantêm empresas fora do caos.


Demonstrações contábeis e a selfie da empresa

Esses relatórios são as selfies financeiras da empresa.

Os principais são:

  • Balanço Patrimonial (quem tem o quê)
  • DRE (quanto entrou e saiu)
  • DFC (para onde foi o dinheiro)
  • DMPL (o patrimônio líquido dando sinais de vida)
  • DVA (quanto valor foi adicionado)
  • Notas Explicativas (o spoiler da história)

Outros relatórios existem, mas eles são os coadjuvantes que ninguém lembra, mas às vezes salvam vidas.


Dimensões contábeis é contabilidade 3D?

Podemos analisar contabilidade por três lentes:

  • Jurídica (o que a lei manda)
  • Administrativa (como a empresa se organiza)
  • Econômica (quanto dinheiro tem e para onde vai)

Sim, ela se cruza com TI, matemática e lógica, mas não tente chamar isso de ciência da computação.

É contabilidade, gente!


Correntes de pensamento filosofando sobre dinheiro

A contabilidade é ciência porque:

  • Tem objeto de estudo
  • Estuda de forma única
  • Faz leis e previsões
  • Tem metodologia
  • Ensina e se aplica

E como toda boa ciência, tem várias escolas de pensamento: materialismo contábil, patrimonialismo, aziendalismo, etc., cada uma com seu jeitinho de explicar por que a empresa não quebrou (ou quebrou).


Técnicas contábeis ou como se vira mago

  • Escrituração: registrar tudo. Tudo mesmo. Não pode faltar nada, nem a conta do café do diretor.
  • Demonstrações contábeis: transformar todos os registros em relatórios bonitinhos.
  • Auditoria: conferir se ninguém fez malabarismo com os números. Pode ser interna ou externa.
  • Análise de balanço: decifrar os relatórios porque nem todo mundo entende “Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido” à primeira vista.

Débito e crédito e o lado divertido do lado esquerdo

Débito não é ruim e crédito não é bom.

Eles só mostram de onde vem o dinheiro e para onde vai.

Mas, claro, todo mundo confunde e acha que é moralmente ligado à vida.

Não é.

Princípios da contabilidade no Brasil e a saga da burocracia

Se você acha que contabilidade é só “somar e subtrair”, sente-se.

Aqui no Brasil, desde que a Lei nº 6.404/1976 decidiu que todo mundo devia obedecer às regras das S.A., os princípios contábeis viraram protagonistas de novela: sujeitos a interpretações, deliberações, revogações e reedições.

Primeiro, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) fez a primeira lista em 1981.

Depois, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em 1986, resolveu classificar os princípios em postulados, princípios propriamente ditos e convenções — sim, três categorias como se fosse Pokémon.

Em 1993, CFC e CVM tentaram fazer as pazes e decidiram simplesmente declarar: “Os princípios da Contabilidade”.

Não que fossem os sete maravilhosos ou que todos os outros não importassem, mas, enfim, serve para a foto.

Em 2008, a CVM revogou aquela classificação tripla e adotou algo mais relevante: Pressupostos Básicos e Características Qualitativas.

Desde então, os princípios continuaram sofrendo pequenas cirurgias estéticas, pois a contabilidade também merece SPA.


Para que servem esses diabos de princípios?

Simples: eles são o manual de sobrevivência do contador brasileiro.

Seguindo-os, você obtém legitimidade para aplicar as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).

E lembre-se: na contabilidade, a essência conta mais que a aparência.

Ou seja, registrar um contrato fajuto só porque ele parece legal no papel?

No way.


Os princípios fundamentais da contabilidade (ou “o elenco principal”)

  1. Entidade – A empresa não é você. Sim, a conta bancária do sócio e a da empresa são como estranhos em festa: não se misturam.
  2. Continuidade – A empresa vai viver eternamente… até prova em contrário. Sem esse princípio, não dá para calcular ativos antecipados ou o bom e velho imobilizado.
  3. Oportunidade – Registre tudo na hora certa. Nada de deixar o relatório para depois, porque “amanhã eu vejo”.
  4. Registro pelo valor original – Se você comprou, registra pelo valor que pagou. Nada de inventar números para impressionar investidores.
  5. Atualização monetária – Ah, essa morreu em 2010, graças ao Real e à política de “inflacionar só quando dá vontade”.
  6. Competência – Receita e despesa entram quando acontecem, não quando entram ou saem os boletos.
  7. Prudência – Lucro? Só se ele já existir. Prejuízo? Registre logo. É o famoso “melhor prevenir do que remediar”, versão contábil.

Princípio da Entidade

Imagine a empresa como um adolescente rebelde: quer ser independente.

Nada de misturar a mesada do sócio com o capital social.

Patrimônio da empresa é sagrado; patrimônio do sócio, problema dele.

E se você tentar agregar patrimônios diferentes como quem mistura sucos, não vira uma superempresa — vira só um suco estranho.


Princípio da Continuidade

Aqui o mantra é: “Vai dar certo, gente”.

Contabilidade assume que a empresa vai continuar funcionando, a menos que evidências gritantes provem o contrário (falência, deliberação dos sócios, apocalipse financeiro).

Sem isso, adeus ativos antecipados, imobilizados e muito do que você aprendeu na faculdade.

E se der ruim, pode até rolar visita do conselho de contabilidade, que é o equivalente a um reality show de punições: se estiver errado, fecha a cortina e fim de jogo.


Princípio da Oportunidade

Tudo entra na contabilidade na hora exata, nem antes, nem depois.

Se você registrou as férias dos funcionários no mês errado, prepare-se para um puxão de orelha contábil.

Provisões, férias, 13º, contingências — tudo na ponta do lápis.


Princípio do Registro pelo Valor Original

Comprou? Registrou.

Fabricou? Registrou.

Moeda estrangeira? Converte e registra.

Nada de invenções criativas — a contabilidade não é TikTok.


Princípio da Atualização Monetária

R.I.P., atualização monetária.

Antes, o Brasil vivia no “ajusta se a inflação passar de 100% em três anos”, mas agora a regra é mais internacional e relevante: inflação baixa, sem ajuste.

É uma forma de dizer: “A gente ignora pequenos problemas, só resolve quando explode”.


Princípio da Competência

O lema é: registra quando acontece, não quando paga ou recebe.

Receita a prazo? Conta.

Despesa surgindo? Conta também.

O objetivo: refletir a realidade, não o humor do caixa.


Princípio da Prudência

Lucros antecipados? Nem pensar.

Prejuízos possíveis? Já registra.

Se tiver duas alternativas igualmente válidas, pega a mais conservadora.

É como apostar no cavalo mais seguro, mesmo que você prefira o unicórnio rosa.


Especializações onde os contadores se tornam ninjas

Contabilidade não é só balanço.

Tem toda uma constelação de áreas: auditoria, perícia, contabilidade ambiental, contabilidade gerencial, contabilidade rural, contabilidade para cooperativas… é tipo Hogwarts, mas com planilhas.


Museus de Contabilidade no Brasil

Sim, existe!

Para quem acha que contabilidade é chata, temos museus que provam o contrário.

BDO Brazil e Ernest Young têm pequenos santuários com fotos, prêmios e certificados.

É o glamour da contabilidade — versão micro: 10 m² de pura emoção fiscal.


Legislação e fiscalização

O CFC e os conselhos regionais são os xerifes do mundo contábil: certificados, fiscalização e punições legais para quem decide fazer contabilidade “criativa”.

Faça errado, e você não só perde a carteira, como pode cair no Código Penal, Civil ou até no BACEN se for banco.


Escândalos: Porque contabilidade também tem reality show

Quem lembra da Enron? Fraude, auditoria falha, multinacional afundando… foi tipo “Game of Thrones” financeiro.

Resultado: lei Sarbanes-Oxley, mais punições, mais regulamentos e mais sustos para contadores.

Moral da história: contabilidade não é só teoria, é sobrevivência.

Os tipos de contabilidade e o mundo dos números que não mentem (mas julgam)

Prepare-se: o universo da contabilidade tem 15 tipos diferentes — sim, quinze! — e todos juram que são o mais importante.

É tipo um reality show do Excel, onde cada especialidade briga por relevância enquanto tenta impedir sua empresa de falir gloriosamente.

Os escritórios contábeis são como o antivírus da sua vida financeira: ninguém lembra deles até o sistema travar.

São eles que controlam gastos, domam planilhas e evitam que a Receita Federal te mande uma cartinha do tipo “Oi sumido 😘”.

Quer entender qual tipo de contabilidade serve pro seu negócio e evitar virar um meme tributário?

Venha comigo.


1. Contabilidade Financeira: o diário de bordo da empresa

A contabilidade financeira é o Big Brother dos números.

Ela registra tudo: entrada, saída, erro, arrependimento.

Faz relatórios tipo DRE, balanço patrimonial e te entrega a verdade nua e crua — sem filtros, sem Excel tosco.

Serve pra mostrar se sua empresa tá crescendo ou só sobrevivendo de cafeína e fé.


2. Contabilidade Gerencial: a coach das planilhas

Essa é a que ajuda o gestor a tomar decisões mais inteligentes (ou pelo menos, menos desastrosas).

Ela mostra onde você tá gastando demais, onde pode investir e onde deveria colocar fogo simbólico.

É tipo terapia financeira: te ajuda a encarar o caixa sem chorar.


3. Contabilidade Fiscal: a que evita seu nome no Serasa

O foco aqui é simples: não brigar com o Fisco.

Ela calcula impostos, taxas, contribuições e tudo o que o governo inventar pra garantir que você nunca se esqueça dele.

Pensa nela como a babá de tributos: se você não tiver uma, o castigo vem em forma de multa.


4. Contabilidade Bancária: o TCC dos bancos

Essa analisa empréstimos, depósitos, investimentos e todos os traumas financeiros das instituições bancárias.

Regulada pelo Banco Central e normas internacionais (as que ninguém lê), serve pra garantir que o banco continue ganhando dinheiro — e você, não.


5. Contabilidade Pública: onde o dinheiro público ganha CPF

Essa cuida das contas do governo, ou pelo menos tenta.

Serve pra fiscalizar gastos, controlar patrimônio e fingir que há transparência.

Quando bem feita, mostra onde o dinheiro público foi parar.

Quando mal feita… vira CPI.


6. Contabilidade Internacional: o Google Tradutor dos balanços

Pra empresas que lidam com o exterior e precisam falar o idioma universal do dinheiro.

Ela padroniza tudo pra que um investidor de Tóquio entenda o mesmo que um contador de Taubaté.

Em resumo: é a contabilidade que toma café em dólar.


7. Contabilidade Rural: o agro também é contábil

Se você acha que fazenda é só trator e boi, pense de novo.

Aqui o contador vira quase veterinário: conta vacas, calcula chuva, e até estima prejuízo de tempestade.

Sem ela, o fazendeiro corre o risco de colher dívidas no lugar de soja.


8. Contabilidade de Custos: o CSI das despesas

Ela investiga onde o dinheiro foi parar — e por quê.

Ideal pra descobrir que aquele cafezinho “inofensivo” custa o mesmo que um décimo terceiro por ano.

Se quiser lucro, comece por aqui.


9. Contabilidade Digital: o contador que virou software

Graças à tecnologia, agora os balanços vivem na nuvem (e a paciência do contador também).

Mais rápida, mais organizada e com menos papelada — mas se cair o sistema, reza.


10. Perícia Contábil: o detetive do Excel

Esse é o Sherlock Holmes da contabilidade.

Resolve brigas de sócios, fraudes, heranças e qualquer drama empresarial digno de novela das nove.

Se tem confusão com dinheiro, ele aparece com uma planilha e a verdade.


11. Auditoria Contábil: o inspetor-geral das finanças

O auditor é aquele chato necessário que revisa tudo pra ver se a empresa é séria — ou só parece.

Pode ser interna (a própria empresa se analisa) ou externa (alguém de fora vem te julgar profissionalmente).

É tipo exame de consciência, mas com notas fiscais.


12. Contabilidade Imobiliária: o corretor de números

Analisa compra, venda e aluguel de imóveis — e garante que o Fisco saiba de tudo.

É o tipo de contabilidade que faz o sonho da casa própria parecer um financiamento eterno, mas dentro da lei.


13. Contabilidade Social: o IBGE dos contadores

Essa mede o impacto econômico e social das empresas — tipo um relatório de karma financeiro.

Verifica sustentabilidade, inclusão e responsabilidade social.

Serve pra provar que dá pra ganhar dinheiro e ainda parecer legal.


14. Contabilidade Ambiental: o lado verde da planilha

Aqui o contador coloca o crachá ESG e sai salvando o planeta — um débito ambiental por vez.

Mede o impacto das empresas na natureza, o uso de recursos e até o preço da culpa ecológica.

Sim, até o reflorestamento entra na conta.


15. Contabilidade Governamental: a versão “House of Cards” da contabilidade

Fiscaliza, analisa e controla o uso do dinheiro público.

Teoricamente garante transparência.

Na prática… depende do governo.

Mas é vital pra manter as contas do Estado respirando — e pra ninguém sumir com o orçamento da merenda.


Por quê tantos tipos de contabilidade?

Porque o caos é diversificado.

Cada tipo existe pra manter um pedaço do sistema funcionando (ou pelo menos, fingindo bem).

Juntos, eles formam a muralha que impede empresas, governos e bancos de desabar em cima de você.


Como escolher o tipo de contabilidade certo?
  1. Veja se o escritório tem registro no CRC (ninguém quer um contador clandestino).
  2. Pesquise reputação — fuja dos que prometem “zerar imposto”.
  3. Compare preços, serviços e tempo de resposta (porque boleto não espera).
  4. E claro: confie desconfiando. Contador bom te salva; contador ruim te apresenta pra Receita.

A contabilidade é a arte de colocar ordem no caos financeiro — e rir (ou chorar) das planilhas no processo.

Sem ela, o mundo parava.

Com ela, pelo menos a falência vem com relatório.

💼 O herói que luta contra o caos com uma planilha na mão

Se você acha que o contador só serve pra apertar botão de calculadora e reclamar do governo, sente-se e segure o café: você está prestes a entender o verdadeiro papel desse ser iluminado que mantém empresas vivas e empresários fora da prisão fiscal.


🧾 O que o contador realmente faz (além de salvar o seu CPF)

O contador é aquele ser mitológico que presta assessoria contábil, fiscal, societária e trabalhista, tudo isso pra evitar que a Receita Federal apareça na sua porta com um abraço de intimação.

Vamos traduzir o contadorês pra português humano:

  • Contábil: mexe com a contabilidade e as finanças da empresa. É o que registra tudo: entradas, saídas, e até aquele cafezinho “de R$ 8,90” que você jura que não impacta o caixa.
  • Fiscal: lida com tributos, impostos e todo o dinheiro que o governo suga com sorriso no rosto.
  • Societária: cuida de mudanças no contrato social — tipo quando um sócio sai, outro entra, ou quando alguém decide que o nome “Empadão Feliz Ltda.” já não transmite credibilidade.
  • Trabalhista: controla folha de pagamento, FGTS, e garante que o funcionário não te processe porque você esqueceu de pagar o décimo terceiro do estagiário.

🤝 O contador moderno de “preenche planilha” até “parceiro estratégico”

O contador atual não é mais aquele senhor que vivia soterrado em pastas de papel e carimbos.

Hoje, ele é um braço direito do gestor, um consultor estratégico e, em muitos casos, o psicólogo financeiro da empresa.

Ele não só mostra os números — ele traduz o drama financeiro em roteiro de superação.

É quem diz: “Ei, dá pra investir mais aqui!” ou “Se continuar assim, o caixa morre antes do Natal.”

Em resumo: sem contador, o empresário dirige o negócio de olhos vendados, gritando “fé em Deus e boleto pago!”.


💣 Por que a contabilidade é o coração (e o desfibrilador) da empresa?

Contabilidade é o que separa uma empresa saudável de um desastre anunciado.

Ela revela o que realmente está acontecendo por trás do caixa, traduz o caos em relatórios e evita que você descubra o prejuízo só quando o banco bloquear sua conta.

É graças ao contador que:

  • Seus impostos não viram pesadelos;
  • Suas finanças têm lógica;
  • E sua empresa tem chance de sobreviver mais de dois anos — o que, no Brasil, é quase um milagre.

⚙️ O que uma boa contabilidade pode fazer pelo seu negócio?

Uma assessoria contábil competente é o equivalente a ter um anjo da guarda com diploma.

Veja o que ela faz enquanto você acha que “tá tudo certo”:

✅ Mantém suas obrigações acessórias em dia (porque multa é o nome moderno de “castigo”).
✅ Calcula impostos e faz planejamento tributário (pagando o mínimo possível sem entrar na cadeia).
✅ Descobre onde você tá gastando mais do que devia — é quase sempre em café e marketing.
✅ Mostra se você tá lucrando ou apenas sobrevivendo de esperança.
✅ Te ajuda a conseguir crédito sem precisar vender um rim.
✅ Te apoia em licitações, exportações e outras aventuras burocráticas.
✅ Indica investimentos rentáveis (ou te impede de cair em pirâmides financeiras com nome bonito).


⚖️ Quem realmente precisa de contabilidade?

Em resumo: todo mundo que tem um CNPJ e quer dormir tranquilo.

O Código Civil, no artigo 1179, basicamente diz:

“Empresário sem contabilidade é um acidente fiscal prestes a acontecer.”

A única exceção é o MEI, que até pode dispensar contador — mas, sejamos honestos, a maioria dos MEIs contrata um justamente pra não surtar tentando entender o Simples Nacional.


🔁 As 9 rotinas contábeis que regem o universo

1. Alterações societárias

É o “reality show empresarial”: entra sócio, sai sócio, muda nome, troca endereço, funde, separa, renasce das cinzas.

O contador é o juiz, o notário e o bombeiro dessa bagunça toda.


2. Abertura de empresa

Sem contador, abrir empresa no Brasil é tipo tentar montar um móvel da IKEA sem manual e com as peças erradas.

Ele faz o contrato social, define regime tributário, registra o nome e te impede de escolher um CNAE que te faça pagar imposto até pelo ar.


3. Escrituração

Antigamente feita em livros enormes e tristes, hoje é tudo digital — graças ao SPED, o oráculo eletrônico do governo.

Mas calma: ainda continua chato, só mudou de formato.


4. Emissão de nota fiscal

Documento obrigatório e emocionalmente doloroso.

Serve pra lembrar que, pra cada venda, o governo ganha uma fatia.

Existem NF-e, NFS-e, NFC-e… e provavelmente, em breve, NF-da-sua-alma.


5. Controle financeiro

O contador não gere seu caixa, mas observa atentamente e registra tudo.

É tipo aquele amigo que não interfere na sua vida amorosa, mas anota mentalmente cada erro pra jogar na sua cara depois.


6. Obrigações acessórias

São as “cartinhas de amor” que você envia todo mês pro Fisco, provando que ainda está vivo e pagando imposto.

Esqueceu uma? Multa.

Errou o prazo? Multa.

Respirou errado? Multa também, provavelmente.


7. Informações trabalhistas

O contador alimenta o eSocial, esse grande Big Brother do governo que fiscaliza até o ponto dos funcionários.

Se o colaborador espirrou, o sistema provavelmente já sabe.


8. Cálculo e emissão de impostos

Aqui mora o terror.

IRPJ, ICMS, ISS, IPI, CSLL, PIS, Cofins…

É o alfabeto do sofrimento.

Mas o contador transforma isso num jogo de estratégia — o Xadrez Tributário.

E ele joga pra te manter fora do cheque especial (e da cadeia).


9. Relatórios e demonstrativos

O contador faz o DRE, DFC, Balanço Patrimonial e mais umas dez siglas que parecem feitiços de Harry Potter.

São eles que mostram se sua empresa está prosperando ou só respirando por aparelhos.


🚀 Os serviços modernos pois o contador do futuro já chegou

Contabilidade hoje é tecnologia, estratégia e terapia financeira.

Os bons profissionais estão oferecendo muito mais que relatórios:

  • BPO Financeiro: terceiriza o caos e ganha relatórios que realmente fazem sentido.
  • Due diligence: o pente-fino antes de fusões, aquisições e tretas corporativas.
  • Dashboards contábeis: planilhas com design bonito pra você fingir que entende.
  • Consultoria de gestão: o contador que virou business coach (mas com diploma).
  • Consultoria regulatória: pra garantir que sua empresa siga a LGPD e não vaze dados igual site de fofoca.

🧠 Como escolher o contador certo

Dicas básicas pra não cair em cilada, Bino:

  1. Veja se ele tem registro no CFC — contador sem isso é igual médico sem CRM: perigoso.
  2. Prefira quem entende o seu setor (o cara que faz imposto de padaria não devia cuidar de fintech).
  3. Escolha quem trabalha com tecnologia — porque mandar recibo por fax em 2025 não dá.
  4. E o mais importante: ache alguém que te explique o balanço sem usar palavrões técnicos.

💬 Conclusão ácida:

O contador é o tradutor entre o mundo real e o inferno burocrático.

Sem ele, o caos reina; com ele, pelo menos o caos é registrado, declarado e pago em 12x no boleto.

E se der erro, tudo bem: o Excel também tem crises existenciais de vez em quando. 😎


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Pedro Londe

Sou professor, comediante de standup e mais um monte de outras coisas aleatórias… Auditor do TCU, educador e comediante — tipo um C3PO que faz stand-up, ensina e caça irregularidades com um sabre de luz em forma de planilha.

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